Luanda, 23 de Dezembro de 2016 – O Ministro angolano da Saúde, Dr. Luís Gomes Sambo, declarou sexta-feira em Luanda o fim da epidemia de febre amarela no páis,  decorridos seis meses desde a confirmação do último caso desta doença e de uma vigilância epidemiológica activa a nível nacional. Angola tinha notificado o último caso confirmado de febre amarela no dia 23 de Junho de 2016, nas Províncias do Cunene e do Cuanza Norte.

De acordo com o balanço final apresentado esta sexta-feira, de Dezembro de 2015 a Junho de 2016, Angola notificou um total de 884 casos confirmados e 381 óbitos por febre amarela, em 16 das suas 18 províncias. Luanda, Benguela, Huambo e Huíla foram as provincias mais afectadas, e a taxa de letalidade em todo o país foi de 8,6%. As  autoridades sanitárias e parceiros afirmam ter imunizado 18 milhões de pessoas em campanhas de vacinação massiva contra a febre amarela, em 85 municípios de maior risco, representando  70% da população alvo estimada em 25.7 milhões de pessoas.

Segundo sublinhou o Ministro da Saúde, este esforço teve a participação das agências das Nações Unidas em particular a OMS, UNICEF e PNUD; bem como do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC de Atlanta), da organização Médicos sem Fronteiras, da Cruz Vermelha Internacional, da Cruz Vermelha de Angola e dos Governos da China, Estados Unidos da América, Rússia, Cuba, Namíbia além de outros parceiros e países.

Luís Sambo disse que Angola vai «continuar vigilante e trabalhar até cobrir 100% da população-alvo com vacina anti-amarílica; melhorar a cobertura da vacinação de rotina; e melhorar o meio ambiente no que toca à densidade vectorial de mosquitos transmissores de doenças». 

Angola anunciou ainda um conjunto de medidas pós-epidemia, incluindo o reforço da vigilância epidemiológica principalmente nos municípios sem notificação de casos; a mobilização de vacinas em quantidades suficientes para a cobertura total do País; a continuação de actividades integradas de controlo vectorial, mobilização social,  vacinação e vigilância e o asseguramento da colheita adequada e envio atempado de amostras ao laboratório de referência nacional.

A Epidemia de Febre-amarela urbana foi detectada inicialmente na Província de Luanda e espalhou-se a 16 das 18 províncias do país.  Segundo os dados oficiais,  34 dos 166 municipios registaram 884 casos confirmados de febre amarela enquanto que 4.436 casos suspeitos da mesma doença foram reportados em 139 municipios, no total.

Até à data,  7.7 milhões é número de pessoas que ainda não estão imunizadas contra a Febre-amarela em Angola, muitas das quais  vivendo em áreas infestadas pelo Aedes aegypti, o mosquito vector desta doença.

Ao discursar em nome do Representante da OMS em Angola, o Dr. Javier Aramburu, Oficial de Programas (DPC) recordou que apesar dos anteriores surtos de febre amarela registados na Região Africana desde 2011 (em países como a RDC, Sudão, Camarões, Chade, Senegal, Côte D’Ivoire,  Uganda e Serra Leoa), a epidemia de Angola foi a de maior magnitude nos últimos 30 anos.

O Dr. Javier Aramburu felicitou o Ministério da Saúde pelos sucesso agora alcançado, e disse que a OMS continuará a apoiar os países da região, incluindo Angola, para a prevenção e gestão de futuros surtos ou epidemias desta doença, através de uma resposta rápida e eficaz,  e de acções como campanhas de vacinação preventiva, engajamento comunitário e o aumento da disponibilidade mundial  de vacinas.

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Elaborado pela Representação da OMS em Angola. Para mais informações os interessados queiram por favor contactar a OMS - Rua Major Kanhangulo 197, 7 andar, em Luanda, Angola, ou pelos telef: (244) 222 395 701 Fax: (244)  222 332314 -  E-Mail:  afwcoaowr [at] who.int
 

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01 Dr. Luis Sambo MoH of Angola

02 Dr. Javier Aramburu - DPC-WCO Angola

03 Partners and Health Professionals involved in the Yellow Fever response in Angola

04 Angola - Vaccination against Yellow Fever

05 Angola - Vaccination against Yellow Fever